20 de set. de 2011

SIMPLES DIÁRIO

 Nesse lugar, estirada nesse chão, que vejo meu sangue escorrer do meu punho ir ao encontro dos meus dedos e encontrar o chão gelado. Talvez não tão gelado, quanto o meu coração se encontra agora. Nesse momento, tudo se passa pela minha cabeça, mas o que não sai dela é como, eu conseguia resistir a tudo que sofria. Nada pode explicar o que me levou a fazer isso, nada pode explicar a sensação de saber que não tenho mais amigos e que meus pais estão tão longe que ninguém poderá chegar lá. Todos esses anos sem eles, foi complicado. Eu não gostava do meu jeito, do meu cabelo, do meu corpo. Não tinha mais vontade de comer, a fome logo passava ao olhar para o espelho e via o quão feia e obesa eu estava. Não tinha mais vontade de ir para a escola, as notas baixaram e larguei os estudos. Não tinha mais vontade de viver, e então me mutilei. Me mutilei diversas vezes, e parecia que nada era o suficiente para esconder a dor que sentia por dentro, nem mesmo a dor que sentia por fora. Meus punhos, guardam as marcas de uma vida sofrida, e a sigla de meus pais: T. S.. Doses estrondosas de remédios, misturadas ao álcool e drogas não faziam o efeito que era buscado. Não me levavam a morte. Mas enfim, estou conseguindo, acabando lentamente com a vida que Deus desperdiçou... Vejo a faca jogada ao meu lado, meus pulsos ensanguentados, penso em vocês.
 Estou indo a procura da felicidade, que é ao lado de vocês, meus amados pais.


Obs: Então gente, depois de muto tempo pensando, consegui escrever alguma história "legal", que ao mesmo tempo é bem chocante. Espero que gostem, beijinhos.

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